segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Hexagonal promete ser duro para a sub-20

Mozart Maragno


A seleção brasileira sub-20 está disputando mais um Sul-Americano da categoria nas mesmas condições de sempre: estádios ruins, gramados ruins, clima hostil e jogos de muita imposição física, o que prejudica uma análise mais abalizada sobre o real desempenho da equipe. Porém, mesmo dentro desse contexto, podemos fazer algumas avaliações e projeções para o hexagonal final que começa nesta segunda-feira.

Classificar antecipadamente, com uma sequência de quatro jogos em oito dias, foi excelente. Méritos ao técnico Rogério Micale, que coloca em campo, como sempre, uma equipe muito sólida e organizada. Os gols sofridos na primeira fase quase sempre foram em situações individuais fortuitas. O Brasil teve as melhores chances de gol em todos os jogos e pôde se dar ao luxo de poupar o time todo contra a Colômbia, a partida derradeira. 

Alguns destaques individuais precisam ser ressaltados, especialmente o zagueiro Lyanco, com sua personalidade, o volante Caio Henrique, sempre um bom primeiro passe, o forte atacante Richarlison e o sempre oportunista Felipe Vizeu. Matheus Sávio ganhou a titularidade com justiça, deu mais verticalidade. Por outro lado, esperávamos mais de David Neres e dos laterais. 

Onde estão os principais problemas? O volante de mais saída, Douglas Luiz, não conseguiu jogar aquilo que sabe, e Maycon deve ganhar a posição com méritos. Com essa situação, esperamos mais fluidez ofensiva e uma transição mais qualificada. Os pontas reservas não convenceram, especialmente Artur e Giovanny, que são habilidosos, mas muito pouco produtivos.

O hexagonal tem tudo para ser duríssimo. Do outro grupo somam-se duas equipes fortes e que encorparam muito durante a primeira fase: a Argentina e o Uruguai. Os charruas, especialmente, tem grandes talentos, como o meia Rodrigo Amaral. A Venezuela de Dudamel apresentou ótima solidez defensiva. Colômbia e Equador, que o Brasil já conhece, não devem vender nada fácil seus jogos.

Antes de tudo, o importante é conquistar uma das quatro vagas ao Mundial. O contexto do Sul-Americano costuma ser mais duro que o da competição máxima do futebol sub-20. E num possível Mundial, Rogério Micale não poderá esquecer de Vitinho, do Palmeiras, Arthur Gomes, do Santos, além de observar outros nomes que podem crescer no primeiro semestre do ano. 

Jogos da primeira rodada

Colômbia x Venezuela
Uruguai x Argentina
Equador x Brasil

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